sábado, 4 de agosto de 2007



De Toupeiras e Túneis Lendários*

Disse-me um amigo
(e aos loucos cabe a essência das coisas verdadeiras)
que vieram ao Brasil os frades
não para sagradas palavras pregarem
na dolorosa rotina dos deveres pastorais
mas para largos buracos cavoucarem
tal qual toupeiras divinais
— profundos túneis imaginários
nas terras brasileiras.


21/08/90

* Poema assinado sob o pseudônimo João da Rocha.

2 comentários:

  1. Túneis imaginários, frades sem cabeça, vozes sombrias que entoam louvores, olhos animados, que, das conversadeiras e janelas, espreitam os que passam... Sem falar de certos anjos enigmáticos... Mistério que o “barroco franciscano [também] carreou para a nossa alma e para nossa cultura”, como disse Dirceu Lindoso. Abraços.

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  2. Obrigado Mônica pelos seus comentários e incentivo. Eles fazem esse blog valer a pena. Mas, e os seus poemas? Parou de produzir? Espero que não... Lembro de um poema seu classificado no Concurso Penedense de Poesia Falada-2001 que focalizava nossa Penedo de uma forma bem original. E por falar em concurso, em novembro acontecerá o "Concurso Cidade do Penedo de Poesia e Conto", promovido pela Academia Penedense de Letras. Eu estou na coordenação e gostaria de contar com a sua participação. Mande-me seu e-mail que oportunamente te enviarei o Regulamento do concurso. Meu e-mail é: francysco.araujo@gmail.com.
    Um abraço.

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