O espectro
Numa
destas grandes calçadas comerciais
existentes
no seio marítimo das cidades,
vislumbro
às vezes o espectro negro
de
todos esses assassinos
que
mataram prostitutas, devoraram cadáveres,
atiraram
em ídolos, estriparam velhinhas indefesas...
E o
espectro me olha por trás da vitrine,
a sua
sombra monstruosa perseguindo a minha, convidativa.
Mas uma
mãe cruza a esquina conduzindo uma criancinha
e então
eu paro e prossigo:
normal,
cotidiano, covarde e mesquinho,
dissolvido
como uma ameba na multidão.
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