Na multidão (prisão)
Quem
dera compor um canto feliz assim
como
esse que o ar, cheio de sons, irradia.
Quem
dera.
Mas
quando se nasce com a Dor nos olhos
tudo o
que a si resta é sofrer
a dor
da pura realidade.
Dançai
então, todos vós.
Dançai.
Vossos
corpos perfeitos
vossa
sensualidade
vossa
felicidade que existe
e que
não alcanço.
Dançai.
E
deixai a mim aqui, de sentinela.
Um dia
saberei...
Por
enquanto, tudo o que vos posso oferecer
é esta
imobilidade,
esta
tristeza inútil, e fria.
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