domingo, 15 de abril de 2007



Réquiem

Não temos mais armas —
nas mãos, apenas as máscaras
com as quais disfarçamos
a nossa covardia...
Não temos mais ética,
nem decência,
a cara limpa...
Não temos futuro.
Não temos nada.
Na verdade mal temos sonhos
(que profundo sono...).
Somos os herdeiros
da guerra perdida.
Somos esta geração a qual só resta
sentar à beira da estrada
e olhar o passar da vida
— ou o passar da morte.


05/08/92

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