sábado, 5 de julho de 2008


                    Gravilo

       O jovem poeta sanguinário,
       foi para a esquina escrever seu poema:
       manchou o seu papel de vermelho,
       guardou depois sua arma
       e nem assinou sua obra.
       Depois... estalou a tempestade.
       O velho mundo, o mundo todo, ruiu.
       Choveu morte do céu,
       crianças morreram,
       velhos ficaram amputados,
       cadáveres foram pro céu insepultos.
       O jovem poeta sanguinário,
       entrou para a História,
       e de lá, vislumbrou então a sua obra rubra.
       A única Poesia possível,
       o único poema capaz de mudar os homens,
       e desconcertar o mundo.

Nenhum comentário: