Este mundo projetado
– É um castelo encantado
onde mora uma linda princesa –
disse ao pai o menino.
– Não, é um Banco. Venha, vou
mostrá-lo
por dentro.
E o encantamento, diante de tamanha
autoridade,
não resistiu.
(Assim, o que era um castelo de magia,
desde então,
tornou-se, para sempre, o cofre do
dinheiro...).
Será que é assim,
será que tem sido assim,
por um efeito qualquer
de uma persistente alucinação coletiva
– a força de convencermos teimosamente
uns aos outros –
que transformamos/velamos o Paraíso
onde nascemos
neste feio-real-concreto-velho-mundo
onde agora habitamos?
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