sábado, 1 de dezembro de 2007

















Amparos

Meus sonhos voam por estes ares,
por entre estas torres, sobre os montes,
sobre distantes mares
e na superfície deste rio sem fim.
Meus sonhos planam como fantasmas,
como emaranhados de fumaça e brumas.
Meus sonhos vagam à noite por estas ruas
e dormem nus por estas pedras frias.
Meus sonhos cansam, invadem ingênuos estes templos
e rolam ébrios por este chão como entulhos.
Meus sonhos sentam-se nos bares, bebem amarguras
e tragam incógnitos por estas praças vis loucuras.
Meus sonhos já morreram vezes infindas
e por vezes tantas, insistentes, ressuscitaram.
Meus sonhos, têm irmãos inúmeros
que com eles vagam por esta noite incerta...
A meus sonhos só resta esta tênue certeza:
a quase ânsia de saber
que outros sonhos idênticos sonham seres iguais.

Um comentário:

Geminiana Doce disse...

Querido Chico!!!
Como é bom ler seus poemas e poesias....Me senti andando pelas ruas de Penedo..Quantas saudades...Não sabia que sofreria tanto assim...Parabéns e muita merda querido...Te estimo muito..

Bjos
Cláudia Helena Tavares ou marquesinha.