Aqui, versos prontos para viagens várias, para navegantes ou para transeuntes que, do cais, podem vislumbrar a paisagem... Por que a poesia é o outro lado da aridez, tentativa da construção do sonho, mesmo a partir da adversidade; sonho colhido nas palavras dos mestres, empreendimento sempre a ser compartilhado com o outro. Podem içar as velas...
sábado, 14 de julho de 2007
Rebuscar*
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A palavra egocêntrica não pode, pois, ser a do escritor,
havendo a mesma que se coletivizar, tornar-se
patrimônio de uma geração, de uma época, de uma
história. Jamais ser a auto-segregada, fechada, a
palavra egóica, incomunicável, deixando mesmo de
ser palavra, reduzida que é a um rastro, um traço fônico.
Gilberto de Macedo, in A política da palavra
Os muito herméticos que me desculpem
mas a mensagem é fundamental
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isso é poesia
— e ninguém escreve no Brasil
cartas em japonês.
Se ao menos meu vinho Joãozinho entendesse...
Mas ele é lavrador
e todos os meses vem pedir que eu lhe conte
o seu salário
Mas ele tem ouvidos
— e também precisa de poesia
como precisa de voz.
*Poema assinado sob o pseudônimo João da Rocha.
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Um comentário:
Parabens pelo blog, grande poeta esperamos sempre contar com sua poesia seu escritos e sua capacidade. Penedo e todos seus filhos precisam reconhecer o que tem de bom e talentoso, e você caro poeta faz parte dessa elite. Parabéns!
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