Aqui, versos prontos para viagens várias, para navegantes ou para transeuntes que, do cais, podem vislumbrar a paisagem... Por que a poesia é o outro lado da aridez, tentativa da construção do sonho, mesmo a partir da adversidade; sonho colhido nas palavras dos mestres, empreendimento sempre a ser compartilhado com o outro. Podem içar as velas...
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Exílio*
Nada me dói mais
nem a solidão que me vagueia
nem as dores que me infligem estas torturas
nem o inevitável saber-me inútil
nem a constatação da derrota irremediável
nem o abandono destas paredes frias
Do que tua ausência
Saber-me uma enorme árvore que cresceu horizontalmente
quilômetros e quilômetros
deixando as raízes cravadas no longe
entre as pedras
junto ao rio
por entre as paredes do velho casario
Nada me dói mais
do que tua ausência
rochedo.
* Poema assinado sob o pseudônimo João da Rocha.
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