sábado, 13 de outubro de 2007











Re-Vis-Ando*

Leve ser alado
negro-anatômico-fisiológico
pousou numa linha
reta
morta
flutuante na atmosfera quente do sertão.

E eu espremo meus miolos
porque um urubu pousou num galho seco da caatinga
pra dar uma cagadinha!

(Pobre do Caeiro, que dizia:
“faço minha poesia como o levantar do vento”
— e se achava moderno).

Ser moderno é ser
Darkfazer construções aliterantes
anagramas shakespearianos, esdruxulismos verbais
construções plasmáticas, inversões filosóficas e...
merdas camufladas.

Será que ser moderno
é ser ultra-incompreensível?

Bibliografia.
Dicionário Ilustrado, Revisado, Aurélio Buarque
(onde averigüei o cunho vernáculo de um vocábulo).
Enciclopédia Sotádica Britânica.
Tabela de co-senos.
Bíblia Sagrada.
Amém.

*poema assinado sob o pseudônimo João da Rocha (um outro “eu” do autor,
de óbvia inspiração pessoana).

Nenhum comentário: