A lanterna
Entanto, eis que
em meio às trevas da urbe adormecida
ele ainda vocifera, tristemente
diante das sombras surdas.
Clamando por Altos Propósitos,
clamando por seu outro Mundo,
nunca construído, sempre adiado.
Persistindo, persistindo
como um sol sem rumo.
Por que, ó vozes maliciosas
vultos imprudentes do passado,
reacender neste peito frágil
esta brasa inútil?
Por que não consentir fenecer nele
todos os sonhos, vossos nebulosos desígnios?
Por que acenar com altas cumeadas
se dele jazem presos os pés à planície
daquilo que outros esperam que ele seja?
Com a tua lanterna em punho,
o que buscas no vagar das ruas ermas,
ó insano pregoeiro?
um Anjo, um Anjo...
Entanto, eis que
em meio às trevas da urbe adormecida
ele ainda vocifera, tristemente
diante das sombras surdas.
Clamando por Altos Propósitos,
clamando por seu outro Mundo,
nunca construído, sempre adiado.
Persistindo, persistindo
como um sol sem rumo.
Por que, ó vozes maliciosas
vultos imprudentes do passado,
reacender neste peito frágil
esta brasa inútil?
Por que não consentir fenecer nele
todos os sonhos, vossos nebulosos desígnios?
Por que acenar com altas cumeadas
se dele jazem presos os pés à planície
daquilo que outros esperam que ele seja?
Com a tua lanterna em punho,
o que buscas no vagar das ruas ermas,
ó insano pregoeiro?
um Anjo, um Anjo...