Pássaros presos
Era preciso voar mais alto, meus irmãos.
Vencer as alturas, conspurcar os cimos,
reconstruir a cidade, desempanar o sol.
Prendem-nos entanto estas asas rotas.
Rastejamos terrestres impotentes,
arranhamos na areia tétrica
nossas pobres asas.
O que será de nós, meus irmãos,
pássaros presos...
Nossa única grandeza
esta consciência dolorosamente suportada
de nossas asas atrofiadas.
A possibilidade, talvez, de traçar
num grandioso vôo raso
uma ponte,
entre esta geração exangue
e uma nova revoada.
Era preciso voar mais alto, meus irmãos.
Vencer as alturas, conspurcar os cimos,
reconstruir a cidade, desempanar o sol.
Prendem-nos entanto estas asas rotas.
Rastejamos terrestres impotentes,
arranhamos na areia tétrica
nossas pobres asas.
O que será de nós, meus irmãos,
pássaros presos...
Nossa única grandeza
esta consciência dolorosamente suportada
de nossas asas atrofiadas.
A possibilidade, talvez, de traçar
num grandioso vôo raso
uma ponte,
entre esta geração exangue
e uma nova revoada.