O construtor
O construtor, toma de uma pedra, tateia,
uma a uma, infatigável, cal, cimento...
com suas mãos doloridas, ergue o seu muro,
tranca-se, isola, circunscreve, o mundo do seu quarto.
Lá fora, tão próximo, um sol doloroso bate
nas pedras; rompe o muro, abre furos, invade
a escuridão onde o construtor se isola;
e à noite, a lua tirana, com seu raio,
entra por uma fresta, choca-se
com as pedras pelo construtor erguidas.
Vem depois um vento, inundar de calafrios
a solidão do misantropo...
O construtor, ergue-se insone, toma de uma pedra,
fecha um buraco, veda uma fenda, remenda uma rachadura
que avança; calafeta uma réstia, isola-se,
reconstrói momentaneamente o seu frágil muro...
exausto, encolhe-se depois num canto do seu cubículo,
que construiu por dentro; e adormece então, mergulha
novamente no seu mundo de sonhos... adormece, engana-se.
Mas, até quando...?
O construtor, toma de uma pedra, tateia,
uma a uma, infatigável, cal, cimento...
com suas mãos doloridas, ergue o seu muro,
tranca-se, isola, circunscreve, o mundo do seu quarto.
Lá fora, tão próximo, um sol doloroso bate
nas pedras; rompe o muro, abre furos, invade
a escuridão onde o construtor se isola;
e à noite, a lua tirana, com seu raio,
entra por uma fresta, choca-se
com as pedras pelo construtor erguidas.
Vem depois um vento, inundar de calafrios
a solidão do misantropo...
O construtor, ergue-se insone, toma de uma pedra,
fecha um buraco, veda uma fenda, remenda uma rachadura
que avança; calafeta uma réstia, isola-se,
reconstrói momentaneamente o seu frágil muro...
exausto, encolhe-se depois num canto do seu cubículo,
que construiu por dentro; e adormece então, mergulha
novamente no seu mundo de sonhos... adormece, engana-se.
Mas, até quando...?