Aqui, versos prontos para viagens várias, para navegantes ou para transeuntes que, do cais, podem vislumbrar a paisagem... Por que a poesia é o outro lado da aridez, tentativa da construção do sonho, mesmo a partir da adversidade; sonho colhido nas palavras dos mestres, empreendimento sempre a ser compartilhado com o outro. Podem içar as velas...
sábado, 4 de agosto de 2007
Grama ti cais*
Sempre amei os gramáticos
— dóceis velhinhos de lindas cabeças branquinhas.
Nunca conversaram com o povo
nem sabem onde ele mora...
Mas falam muito bem sua língua,
defendem com unhas e rugas suas cadeirinhas.
Não sei se devo chorar a língua — que é morta —
ou a eles, que a querem assim, defuntinhos.
Ambos, certamente, merecem nossas mais sinceras
condolências.
* Poema assinado sob o pseudônimo João da Rocha.
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