O ocultado
Acaso sou eu quem deve conduzir a luz,
impor aos vindouros a minha verdade,
perfurar com voz persistente
os tímpanos dos passantes?
Inutilmente postado numa esquina,
com minha débil lanterna de palavras,
apenas observo:
passa o clarão,
quem o conduza
e quem seja conduzido,
passa Deus, passa o Diabo...
Registro resignado:
impregnado desta minha triste certeza
de que só a dor persiste.
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