Para quem
Esta noite
Este canto solidário
Para os que vagam tristes
Para os que decidiram por fim
Lançarem-se da última janela
Para a rota vertical rumo à dura calçada
Para os tristes insones que pela primeira vez
Vislumbraram o nada da vida
Para os que jazem presos à vida
Pelos lábios purpúreos de uma vagina
Ou ao fundo opaco de um copo
Para os que vagam ébrios
Pelas cloacas das grandes urbes
Para os que morreram muitas vezes
E – ai deles – vezes infindas ressuscitaram
Para os que perderam seus princípios
Para os que se traíram
Para os que perderam a mãe
Para os que perderam o último pênalti
Para os que perderam o último trem
Para os que perderam todas as certezas
Para os que perderam a poesia também
Para os que perderam
Para os que ganharam a morte
Para os que ganharam... uma sogra
Para todos estes, e os outros
Este cântico
Este pouco
Esta certeza de sermos muitos
E de que a noite dura
Nos é pouca.
Esta noite
Este canto solidário
Para os que vagam tristes
Para os que decidiram por fim
Lançarem-se da última janela
Para a rota vertical rumo à dura calçada
Para os tristes insones que pela primeira vez
Vislumbraram o nada da vida
Para os que jazem presos à vida
Pelos lábios purpúreos de uma vagina
Ou ao fundo opaco de um copo
Para os que vagam ébrios
Pelas cloacas das grandes urbes
Para os que morreram muitas vezes
E – ai deles – vezes infindas ressuscitaram
Para os que perderam seus princípios
Para os que se traíram
Para os que perderam a mãe
Para os que perderam o último pênalti
Para os que perderam o último trem
Para os que perderam todas as certezas
Para os que perderam a poesia também
Para os que perderam
Para os que ganharam a morte
Para os que ganharam... uma sogra
Para todos estes, e os outros
Este cântico
Este pouco
Esta certeza de sermos muitos
E de que a noite dura
Nos é pouca.
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