Sem
nome II
Estes brinquedos de letras
condenados sempre à solidão das gavetas,
à morte lenta das traças,
à indiferença rude de tantos esquecidos
e a rolarem ao vento que varre estas sarjetas
- são como aqueles encantos de crianças
com os quais brincávamos, inocentes,
e depois, saciados, envelhecidos, vazios,
os jogávamos no quarto escuro da desimportância.
Estes brinquedos, o que são?
São estas coisas-poemas
fabricados de ilusão.
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