Terminais
Quantos
dos meus dias vãos
vagam
pelo meu passado em busca de utilidade...
Vejo-os
esquálidos-pálidos vagando por estações
nebulosas,
nevoentas, frias
–
esperando tristes vagões de dias vãos
que
chegam um após outro, intermináveis
como
ondas de um mar;
esperam
com ânsias a chegada de um dia feliz
que
traga boas novas, novidades, mutações;
esperam
resignados, como uma família espera
um
irmão que subiu na vida;
esperam
para abraçá-lo e deixar que a felicidade dele
mude as
suas insignificâncias,
sua
inutilidade e sua monotonia.
Desembarca
um novo dia:
correm
todos a vê-lo
e como
sempre, voltam tristes
e
sentam-se e esperam...
– Quem
sabe amanhã ele chega...
E
sentam-se e esperam e esperam. Esperam.
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