Aqui, versos prontos para viagens várias, para navegantes ou para transeuntes que, do cais, podem vislumbrar a paisagem... Por que a poesia é o outro lado da aridez, tentativa da construção do sonho, mesmo a partir da adversidade; sonho colhido nas palavras dos mestres, empreendimento sempre a ser compartilhado com o outro. Podem içar as velas...
domingo, 15 de abril de 2007
Réquiem
Não temos mais armas —
nas mãos, apenas as máscaras
com as quais disfarçamos
a nossa covardia...
Não temos mais ética,
nem decência,
a cara limpa...
Não temos futuro.
Não temos nada.
Na verdade mal temos sonhos
(que profundo sono...).
Somos os herdeiros
da guerra perdida.
Somos esta geração a qual só resta
sentar à beira da estrada
e olhar o passar da vida
— ou o passar da morte.
05/08/92
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário