Enfim
À memória do poeta que se foi.
Um
poeta morreu,
e
a cidade, assim, ficou mais muda.
No
entanto, os que passam pelas ruas,
cotidianos,
prosaicos, indiferentes
nem
sabem que a voz do poeta feneceu.
Suas
palavras, seus versos,
sua
dor, suas insônias
são
agora, mais ainda, um nada inútil
para
a cidade e seus donos.
Como
seria triste se o poeta
pudesse
ver como tão logo o esqueceram...
Mas
o poeta está morto
e
assim, essas vossas pobres indiferenças,
enfim,
não mais o ferem, não mais o matam.
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